Uberização e precarização do trabalho: problemas e alternativas na Economia 4.0
dc.contributor.advisor | Jucá, Francisco Pedro | |
dc.creator | Bernardineli, Muriana Carrilho | |
dc.creator.lattes | http://lattes.cnpq.br/3801219026864547 | |
dc.date.accessioned | 2024-11-14T00:43:38Z | |
dc.date.available | 2024-11-14T00:43:38Z | |
dc.date.issued | 2023 | |
dc.description.abstract | The present research tries to relate how the Sharing Economies have promoted uberization in the current global economic moment. The idea of work has undergone major transformations over the years, reaching the level of being related to the dignity of the human person and currently having a role that until then was unimaginable if thought of from the point of view of former slave labor. Along with the work, there were evolutions in the modes of production, also known as Industrial Revolutions. The First Industrial Revolution was marked by the construction of railroads and the invention of the steam engine, the Second Industrial Revolution had the increase of electricity and the assembly line, enabling mass production, while the Third Industrial Revolution brought the digital revolution. It so happens that nowadays there is already talk of the Fourth Industrial Revolution or Industry 4.0, making up the so-called Economy 4.0 which is not new, but has promoted major ruptures in the previous revolution, as it has reached levels of advancement and great development in the area of technology and intercommunication between the physical and virtual world. This context has triggered new changes in work, especially its growing commodification in parallel with the deregulation of labor rights acquired with great persistence, and therefore, there is a movement against all the rights already conquered. In this bias, the Sharing Economies arise, which initially brought the idea of sharing goods and reducing costs, but which over time has demonstrated its true intention of acting on the margins of current legislation, increasing its profit every day and exponentially, to the detriment of workers and consumers. The best known Sharing Economies are Uber and Airbnb, and the misrepresentation of their initial principles has been called uberization. It is advocated on the need to make work relationships more flexible as a way to maintain employability, however what has been witnessed is the growing precariousness of work, without any concern for the human person, fostered by uberization, which links to technological means, work deficit of minimum guarantees, and has taken advantage of the absence of state action, social measures and modern legislation for its effective control. The conjecture is also related to exacerbated consumerism, as people have been recurrently exposed to advertising for products and services, creating the desire to buy, and in order to satisfy their desires, they need to obtain more income, which is usually achieved through increased of working hours, suppression of breaks, rest and leisure, that is, we are facing human self-enslavement in favor of the rise of consumer power. This situation has been the driving force behind the so-called diseases of the 21st century. Therefore, proposals will be made for the improvement of living and working conditions, as a way of adapting to the new reality experienced. The methods used in the research were historical, inductive, dialectical, casuistic and bibliographic, with analysis of physical and electronic documents. | |
dc.description.resumo | A presente pesquisa intenta relacionar como as Economias de Compartilhamento tem promovido a uberização no atual momento econômico mundial. O ideário de trabalho tem sofrido grandes transformações ao longo dos anos, alcançando o patamar de estar relacionado à dignidade da pessoa humana e possuindo hodiernamente um papel até então inimaginável se pensado ao olhar do trabalho escravo de antigamente. Em conjunto com o trabalho ocorreram as evoluções nos modos de produção, também conhecidas como Revoluções Industriais. A Primeira Revolução Industrial foi marcada pela construção das ferrovias e invenção da máquina a vapor, a Segunda Revolução Industrial contou com o incremento da eletricidade e linha de montagem, possibilitando a produção em massa, enquanto a Terceira Revolução Industrial trouxe a revolução digital. Ocorre que nos dias atuais já se fala em Quarta Revolução Industrial ou Indústria 4.0, perfazendo a denominada Economia 4.0 que não é nova, porém tem promovido grandes rupturas na revolução anterior, pois tem alcançado patamares de avanço e grande desenvolvimento na área da tecnologia e intercomunicação entre o mundo físico e virtual. Esse contexto tem desencadeado novas alterações no trabalho, especialmente sua crescente mercantilização paralelamente à desregulamentação dos direitos trabalhistas adquiridos com muita persistência, e, portanto, observa-se um movimento na contramão de todos os direitos já conquistados. Nesse viés surgem as Economias de Compartilhamento, as quais inicialmente traziam a ideia de compartilhar bens e reduzir custos, mas que no decorrer do tempo tem demonstrado seu verdadeiro intuito de atuar as margens da legislação vigente, aumentando a cada dia e de forma exponencial seu lucro, em detrimento dos trabalhadores e consumidores. As Economias de Compartilhamento mais conhecidas são a Uber e o Airbnb, e a deturpação de seus princípios inicias tem sido denominada de uberização. É preconizado sobre a necessidade de flexibilizar relações de trabalho como forma de manter a empregabilidade, contudo o que tem se testemunhado é a crescente precarização do labor, sem qualquer preocupação com a pessoa humana, fomentada pela uberização, que vincula aos meios tecnológicos, o trabalho deficitário de garantias mínimas, e tem se aproveitado da ausência de atuação estatal, medidas sociais e legislação moderna para seu efetivo controle. A conjectura também está relacionada ao consumismo exacerbado, pois as pessoas tem recorrentemente sido expostas à publicidade de produtos e serviços, criando o desejo de compra, e na intenção de suprirem seus anseios, precisam obter mais rendimentos, o que normalmente é realizado através do aumento das jornadas laborais, supressão dos intervalos, descanso e lazer, ou seja, se está diante da auto escravização humana em prol da ascensão do poder de consumo. Esta situação tem sido propulsora das denominadas doenças do século XXI. Por isso, serão feitas proposições para a melhoria das condições de vida e labor, como forma de adequação à nova realidade vivenciada. Os métodos utilizados na pesquisa foram o histórico, indutivo, dialético, casuístico e bibliográfico, com análise de documentos físicos e eletrônicos. | |
dc.identifier.citation | BERNARDINELI, Muriana Carrilho. Uberização e precarização do trabalho: problemas e alternativas na Economia 4.0. 2023. 180 f. Tese (Doutorado em Função Social do Direito) – Faculdade Autônoma de Direito, São Paulo, 2023. | |
dc.identifier.uri | http://repositorio.unialfa.com.br/handle/123456789/463 | |
dc.language.iso | pt | |
dc.publisher | Faculdade Autônoma de Direito | |
dc.publisher.country | Brasil | |
dc.publisher.initials | FADISP | |
dc.publisher.program | Função Social do Direito | |
dc.subject | Direito do Trabalho | |
dc.subject | Economia 4.0 | |
dc.subject | Economias de compartilhamento | |
dc.subject | Consumismo | |
dc.title | Uberização e precarização do trabalho: problemas e alternativas na Economia 4.0 |
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